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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Salvo de Quê?

Na primeira aula do módulo de Doutrina da Salvação que cursei, nossa professora Taciana fez uma pergunta que colocou toda a classe em cheque: " somos salvos de que?".  Pode parecer que a resposta é óbvia e talvez você, assim como eu disse, responda de cara: "salvos do inferno". Taci - é assim que chamamos Taciana nossa professora - se pôs no meio da turma para que pudéssemos pregar para ela, enquanto ela se passava por uma descrente. As perguntas e objeções que ela nos apresentou, enquanto tentávamos "evangeliza-la", chegaram ao ponto de calar a turma.

- "Não tenho dilemas, nem um vazio dentro de mim. Tenho dinheiro, amigos e uma família maravilhosa. Quanto ao inferno... não acredito que ele exista. Por que preciso de Deus, para quê?"

"E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço." (Mt 25.12)

Taci citou esse texto e continuou a nos explicar que o termo bíblico "conhecer" é usado não para o conhecimento teórico, mas o conhecimento íntimo e é também usado para se referir a relação sexual.

"Precisamos ser salvos de uma vida sem Deus e sem Jesus" - concluiu Taci. Sò conhecemos a Deus e somos conhecidos d'Ele se gozarmos de uma vida de intimidade diária com Ele.

Paro e penso na minha vida antes e depois de Jesus. 

Há alguns dias, enquanto tentava explicar a um amigo o porque de ter me afastado dele e de outras pessoas ao me converter, eu lhe disse: "imagine uma mulher perfeita: que te ama, dedicada, respeitosa e que ocupou todo o espaço da sua vida, assim foi Jesus para mim. Por isso me isolei tanto, eu queria estar com Ele de tal forma que não percebi o afastamento. Só depois me dei conta que ser cristão é estar junto de outros também"

Hoje, para mim é inconcebível viver sem Cristo. O amor dele, sua dedicação e cuidado por mim e minha família - muitas vezes em detalhes ínfimos - é  tão grande que me constrange.

Eu sou salvo de uma vida sem Jesus, mas só tenho a dimensão disso hoje que o conheço na intimidade. Não de ouvir falar, mas de caminhar lado a lado com Ele, mesmo nos momentos em que não mereci.

"Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora meus olhos Te vêem" (Jó 42.5)